terça-feira, 2 de junho de 2009
O blog www.saudepublica12a.blogspot.com constava no projecto desenvolvido pelo nosso grupo, "Emergências de Saúde Pública", na área não disciplinar, Área de Projecto. Tendo o ano finalizado, realizamos este post de encerramento do blog, com a confiança de que os nossos visitantes tenham manifestado interesse pelo seu conteúdo. A publicação quinzenal de temas relacionados com a área da saúde foi bastante importante quer para o desenvolvimento do nosso conhecimento médico e científico relativo ao tema, quer para atingir os objectivos do nosso projecto. Esperamos que tenham gostado, tal como foi do nosso agrado a sua realização.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
30 Abril 2009 - 00h30
Especialistas preocupados com suicídio
Crise e desemprego levam à depressão


A crise económica e o desemprego conduzem a quadros de depressão na população portuguesa e, de acordo com os especialistas, aumentam o risco de suicídio.

"O desemprego impede a pessoa de trabalhar, destrói famílias e aumenta o alcoolismo, que é um factor que está muitas vezes associado ao suicídio", explicou Mário Jorge Santos, da Sociedade Portuguesa de Suicidologia.
Já os casais em que ambos os cônjuges perdem o emprego, os comportamentos depressivos e autodestrutivos são cada vez mais frequentes.
Por outro lado, o psiquiatra Nuno Pedro Gil acredita que não há receitas contra a depressão: "Não há cápsulas, comprimidos ou terapias capazes de resolver problemas como a pobreza ou a miséria". Durante o dia de hoje o tema ‘Isolamento e Suicídio’ é debatido em Beja, num seminário organizado pela Rede Europeia Anti-Pobreza.
Tratar a depressão
Muitos afectos e terapia à medida


Vontade de chorar, desânimo, irritabilidade e cansaço há mais de três semanas? Pode ser uma depressão. Procure ajuda e reencontre o equilíbrio e bem-estar.

Em Portugal, estima-se que, todos os anos, 1 milhão de pacientes sofre da doença, mas só um quarto chega aos cuidados médicos. Muitos têm dificuldade em procurar um médico, por julgarem que é sinónimo de fraqueza de carácter. Mas é uma doença como qualquer outra: pensa-se que se deve a um desequilíbrio químico, ao nível do cérebro, e emocional. Os tratamentos passam por psicoterapia e /ou medicação. O importante é que o paciente dê o primeiro passo e procure ajuda.

Sintomas Típicos:
  • Tristeza e desânimo
  • Irritabilidade
  • Pessimismo
  • Baixa auto-estima, sentimentos de culpa
  • Perda de interesse por actividades que davam prazer
  • Fadiga
  • Perda de libido
  • Distúrbios do sono (insónias ou excesso de sonolência)
  • Dificuldades de concentração e memória
  • Alterações do apetite (perda ou excesso)
  • Ansiedade
  • Pensamentos recorrentes sobre a morte ou suicídio.

Medicação útil

A eficácia dos tratamentos varia de paciente para paciente, sendo, muitas vezes, necessário experimentar vários medicamentos e dosagens, para obter resultados. Em geral, estes só surgem duas ou três semanas após o início do tratamento. Depois de acertar na medicação será aconselhável manter o tratamento durante quatro a seis meses ou mais.

O paciente não deve faltar às consultas regulares, nem abandonar a medicação logo que se sinta melhor. Os riscos de recaídas são grandes e o desmame deve ser gradual, para minimizar os efeitos de privação, como o nervosismo, tremores e insónias.

O apoio e a compreensão dos familiares e amigos é fundamental para a extinção do problema.

sábado, 14 de março de 2009
Nove portugueses morrem de cancro do cólon por dia
O cancro do cólon mata nove portugueses por dia. É a segunda causa de morte por tumor maligno, depois do cancro do pulmão. Os especialistas insistem e apelam às autoridades "O rastreio deste cancro é o único que salva vidas, é económico, e reduz a mortalidade."

Estima-se que cinco mil novos casos sejam detectados todos os anos e que cem mil pessoas sofram com a doença de um parente próximo, em Portugal. De acordo com a secretária-geral da SPED e gastrenterologista no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, Isabelle Cremers, "o País está a acompanhar a tendência europeia." Em 20 anos, a incidência deste tumor aumentou 80% em Portugal. Um cenário que podia ser facilmente evitado, uma vez que "o rastreio ao cancro do cólon tem potencialidades fantásticas", diz.
Segundo dados da SPED, este exame evita 90% das mortes e custa ao Estado 85 euros. O preço a pagar pelo tratamento de um doente com cancro do cólon é de 25 mil euros, o que significa que "este é um rastreio muito rentável", afirma a gastrenterologista. E porque as taxas de sobrevivência são mais baixas quanto mais tarde for feito um diagnóstico, "é importante sensibilizar o poder político para que o sistema nacional de saúde e as comunidades científicas cheguem a uma estratégia de prevenção", diz Isabelle Cremers.
http://dn.sapo.pt/2005/04/20/sociedade/nove_portugueses_morrem_cancro_colon.html
Sinais de Alarme

  • Alteração nos hábitos intestinais, com episódios repetidos de diarreia ou prisão de ventre que não tinha.
  • Vestígios de sangue nas fezes.
  • Cólicas ou dores abdominais.
  • Sensação de que o intestino não esvazia completamente.
  • Falta de apetite e grande perda de peso sem justificação.
  • Fadiga inexplicada.

Hábitos salvadores

Segundo a World Cancer Research Fund International, a organização para o estudo do cancro ao nível mundial, uma alimentação equilibrada evitaria entre 65 a 75% dos casos de cancro do cólon. Inclua 5 porções de fruta e legumes na sua dieta diária. Consuma também cereais todos os dias, como pão, arroz e massa, de preferência integrais, pela sua riqueza em fibras. Limite o consumo de gorduras e de carnes vermelhas.

É também importante manter hábitos de vida saudáveis: faça, pelo menos, 30 minutos de actividade física por dia, mantenha peso adequado, modere o consumo de álcool e evite fumar.
Existe alguma evidência de que a aspirina e os medicamentos anti-inflamatórios diminuem o risco de cancro do cólon. Alguns especialistas aconselham estes medicamentos a pacientes com alto risco. Contudo, a sua administração regular deve ser vista com cuidado, devido ao risco de úlceras no estômago ou hemorragias internas.

Mais informações

Associação de Luta contra o Cancro do Intestino
225400441

Associação Portuguesa de Ostomizados
218596054

Liga Portuguesa contra o Cancro
217221810

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Saúde - em 2007 foram tratados 52 771 crianças e jovens
5 milhões para tratar os dentes


O Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagou cinco milhões de euros, em 2007, para o tratamento dentário de um total de 52 771 crianças e jovens dos três aos dezasseis anos. Este número representa um aumento de cerca de quatro mil pessoas em relação ao ano anterior (2006) abrangidas pelo Programa Nacional de Saúde Oral, da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Das 52 771 crianças e jovens que entraram no programa, nem todos concluíram os tratamentos dentários – 3405 menores acabaram por interromper os tratamentos.

Segundo um balanço da Direcção-Geral da Saúde, o número médio de consultas por criança ou jovem foi de 2,3.

As Regiões do Norte e Centro foram as que efectuaram mais tratamentos dentários.

Cristina Serra
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=60926739-A050-432C-B0E6-C134944CCBCC&channelid=F48BA50A-0ED3-4315-AEFA-86EE9B1BEDFF

Duas escovagens por um sorriso
Boa higiene oral e consultas anuais ao dentista ajudam a combater infecções

As doenças periodontais englobam a gengivite e a periodontite, duas afecções da boca muito frequentes e uma das principais causas da perda de dentes nos adultos. Estima-se que afectem mais de metade da população, quando, com algumas medidas simples de higiene podem ser evitadas.

Segundo um estudo recente, em França, 50 a 60% das perdas de dentes devem-se a cáries e 30 a 40% a periodontite, inflamação do tecido que suporta o dente.

A periodontite crónica afecta cerca de 20% da população mundial, sendo mais frequente a partir dos 50 ou 60 anos, após os 20 ou 30 anos de problemas nas gengivas.

O problema começa muito cedo, em adolescentes e jovens, evoluindo devagar. Um bom motivo para apostar na higiene oral desde pequeno.

8 passos para dentes limpos

Escova de dentes
1. Coloque a escova na horizontal, ligeiramente inclinada em relação à gengiva (com um ângulo de 45º), e faça movimentos circulares.
2. Comece pela parte exterior dos dentes e depois escove a parte interior.
3. Coloque a escova na vertical para melhor lavar a parte interior dos dentes da frente, em cima e em baixo, e faça movimentos circulares.
4. Escove a parte superior dos dentes com movimentos vai-e-vem.
5. Não se esqueça de esfregar a língua com a escova.

Fio dental
6. Corte 45 a 50 cm de fio dental e enrole nas extremidades dos dentes do meio e segure com o polegar.
7. Introduza o fio dental suavemente entre cada dente até à gengiva. Quando chegar à gengiva, curve o fio em “C”.
8. Retire o fio com um movimento oscilante. Limpe todos os espaços entre os espaços entre os dentes, incluindo os de trás.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Sono
Dormir poucas horas afecta saúde das crianças
Estudo revela que as que não dormem o suficiente estão sujeitas a problemas cognitivos e de comportamento.

Poucas horas de sono são sinónimo de muitos problemas de saúde e não só. Um estudo, agora publicado, alerta mesmo para a necessidade de as crianças dormirem 10 horas por noite. Caso contrário, estão sujeitas, por exemplo, a um raciocínio mais lento.

Quando não dormem o suficiente, as crianças ficam implicativas, hiperactivas e irritadas. O que agora se sabe é que a longo prazo, e segundo um estudo desenvolvido no Canadá entre 1500 crianças, se continuarem com este padrão de sono as crianças são sérias candidatas a desenvolverem uma série de problemas cognitivos, de comportamento, a terem um raciocínio mais lento e um desempenho mais modesto.

Por cá, a realidade diz-nos que as crianças e os adolescentes se deitam cada vez mais tarde. Aliás os portugueses, já foi dito várias vezes, são o povo que em todo o Mundo mais tarde vai para a cama.
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=850804

Dormir é uma necessidade vital.

Durante o sono, o corpo descansa e regenera-se, com o fabrico de novas células. É também nesta altura que o cérebro organiza a informação que recebeu ao longo do dia. Por isso, é fundamental um sono repousante. Para cumprir os mínimos, alguns precisam de apenas 5 horas e outros 9 ou 10 horas. Os recém-nascidos e as crianças necessitam de dormir mais.

10 truques para não ter pesadelos

1. Crie um ambiente confortável, repousante e acolhedor no quarto, sem luz e com temperaturas adequadas.
2. Mantenha um horário regular, mesmo ao fim de semana. Procure deitar-se e levantar-se à mesma hora.
3. Evite as sestas. Se sentir necessidade de descansar durante o dia, não durma mais de 20 minutos.
4. Ver televisão, jogar no computador ou estudar na cama são maus hábitos. Deite-se apenas quando o sono bater à porta.
5. Não coma demasiado à noite e evite o álcool, tabaco e bebidas e estimulantes, como o chá e o café, sobretudo, 4 horas antes de ir dormir.
6. Pratique exercício físico regularmente, mas não o faça nas 4 horas antes de se deitar.
7. Não tome medicamentos para dormir por sua iniciativa.
8. Use um colchão confortável. A coluna vertebral deve ainda manter-se em linha recta e os ombros e a anca, afundarem-se ligeiramente.
9. Não tente forçar o sono, nem olhe com frequência para o relógio. Se não adormecer, levante-se e procure uma actividade relaxante, como ler, até que o sono chegue.
10. Durma apenas o tempo necessário para se manter fresco durante o dia.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Doenças cardiovasculares
30 mil portugueses morreram num ano

A nível mundial, são 17 milhões de pessoas que perdem a vida todos os anos.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em toda a Europa, incluído em Portugal. O colesterol no sangue, a tensão arterial, o consumo de tabaco e o peso, em excesso, são alguns factores que potenciam o aparecimento destas doenças que, muitas vezes quando se manifestam ou são detectadas já deixaram marcas irreversíveis.

Em Portugal, 30 mil pessoas morreram no espaço de um ano de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. Por mês, são 2320 mortes provocadas por avc.

A doença cerebro-vascular é a primeira causa de anos de vida perdidos. Mas, a isto junta-se ainda a doença coronária, responsável por milhares de mortes em Portugal. É certo que as estratégicas terapêuticas têm evoluído muito nos últimos anos, mas a mensagem passada pelos especialistas diz que há que mudar para evitar vir a sofrer.

A nível mundial, são 17 milhões de pessoas que perdem a vida todos os anos, por causa das doenças cardiovasculares, a principal causa de morte em todo o Mundo. Feitas as contas, a cada dois segundos morre uma pessoa e a cada cinco segundos alguém sofre um ataque cardíaco.

http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=711763#

Corações fora de risco
Dieta saudável, cigarro apagado e exercício físico lutam contra os números fatais. Cuide-se e seja mais rápido do que um enfarte ou acidente vascular cerebral.

Some pontos de benefícios


  • As doenças do coração, na sua maioria, evitáveis, são a principal causa de morte em todo o mundo e superam até os números fatais de cancro. Controle regularmente a pressão arterial, o nível de açúcar e gorduras no sangue.
  • Abandone de vez cigarros, cachimbos e charutos. Poupe o seu sistema cardiovascular e centenas de euros por ano.
  • Mantenha o seu peso e o colesterol na linha. A alimentação deve ser adequada às suas necessidades calóricas e rica em fruta, legumes, cereais integrais, peixe e aves. Prefira o azeite, com moderação, a outras gorduras. Evite gorduras saturadas, de origem animal, nas carnes vermelhas. Cozinhe com menos sal. Diminuir a ingestão de açúcar e de sal leva a reduções de 3 a 5 mmHg na tensão arterial.
  • Não se deixe dominar pela preguiça. Com meia hora de caminhada enérgica por dia ou o seu desporto de eleição, alivia o stress. Ganha bem-estar e anos de vida para o seu coração.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Como, nesta altura do ano, a gripe está a afectar grande parte dos portugueses e, como a corrida às urgências está a aumentar significativamente, publicamos este post, retirado directamente do portal da saúde, com o objectivo de vos informar dos sintomas, prevenção, entre outros pontos importantes relativos a esta doença infecciosa.

Saúde
Amadora-Sintra registou o pior dia nas urgências desde que foi criado


Nunca em 12 anos de existência o Hospital Amadora-Sintra recebeu tantos utentes nas urgências. À semelhança do que aconteceu nas outras unidades do País, o serviço registou na sexta-feira uma procura muito acima da média. Em 24 horas, teve 594 entradas de doentes, quando o normal ronda as 300.

Ontem, durante a manhã, a sala de espera continuava cheia, com vários doentes a aguardar desde o dia anterior. Normalizada estava já a situação em Santa Maria e no S. José, em Lisboa.

No Amadora-Sintra, a equipa de médicos foi reforçada com mais quatro profissionais mas, mesmo assim, os 12 médicos de serviço não chegavam para tantos casos, a maioria deles sem gravidade. Houve pessoas a esperar 12 horas para serem atendidas.

Na origem da afluência anormal às urgências estão os casos de gripe, apesar de as autoridades aconselharem a população a não recorrer às urgências nestas situações.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=5F91AFFB-E8B8-44BD-BF6E-B254093AEF3C&channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021

Não a confunda com uma vulgar constipação: os sintomas da gripe são bem distintos e as consequências muito mais graves.
A gripe é uma doença do tracto respiratório, infecciosa e altamente contagiosa. Apesar de ser relativamente benigna, dado que evolui normalmente para a cura, pode provocar graves complicações em indivíduos mais susceptíveis ou mais debilitados.

Vírus
O responsável pela infecção é o influenza. Existem três tipos conhecidos (A, B e C), sendo o tipo A o mais prevalente e o que surge associado às epidemias mais graves. Se a gripe for causada por um vírus do tipo C, os sintomas são geralmente ligeiros ou inexistentes, pelo que os maiores esforços para controlar os surtos de gripe correspondam aos tipos A e B.

Transmissão
A gripe humana transmite-se através de gotículas infectadas que são veiculadas de um indivíduo doente (quando este tosse ou espirra) para um indivíduo não-imunizado (seja pela vacinação, seja por uma infecção prévia).
Grupos de risco
São considerados grupos de risco acrescido – em termos de consequências mais graves sobre a saúde – os idosos, as crianças entre os 6 e os 23 meses, os doentes crónicos (doenças cardíacas, pulmonares – como a asma, a bronquite crónica ou o enfisema, os insuficientes renais, os diabéticos) e todos os indivíduos debilitados do ponto de vista de defesas do organismo.

Sintomas
São relativamente característicos, consistindo em febre, dores de cabeça, dores no corpo, mal-estar geral e tosse seca. A estes podem juntar-se arrepios e olhos lacrimejantes ou inflamados.

Prevenção
A mais eficaz é feita através de uma vacina. Como o vírus da gripe “muda” todos os anos, a vacina é produzida em função da variedade do ano anterior. A vacinação é, assim, eficaz e segura, sendo recomendada para os grupos de risco, em especial dos idosos, dos portadores de doenças crónicas, bem como do pessoal assistencial (de hospitais ou centros de saúde) que lida directamente com os utentes e que pode, desta forma, ser infectado ou infectar outros indivíduos.

Se sentir sintomas de gripe:
  • Procure orientações através da linha Saúde 24 – 808 24 24 24 ou contacte o seu médico de família;
  • Permaneça em casa e repouse;
  • Evite mudanças de temperatura e não se abafe demasiado;
  • Lembre-se que durante o período de doença não deverá ser vacinado;
  • Evite recorrer a serviços de urgência: nestes locais o contacto entre as pessoas é muito próximo, o que aumenta a probabilidade de transmitir a doença a outros;
  • Beba bastantes líquidos, pois a febre faz perder água através da transpiração;
  • Tome apenas medicamentos recomendados pelo seu médico.

    www.portaldasaude.pt
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Saúde: Nova valência evita horas a mais no hospital
Saúde 24 cria serviço dirigido a diabéticos


A Linha Saúde 24 (808 242 424) apresentou dia 15 de Outubro um novo serviço de aconselhamento e de triagem específico para diabéticos. "A complexidade da diabetes exige um acompanhamento próximo. Esta linha vai apoiar os doentes no que diz respeito a ocorrências relacionadas com a subida ou descida de açúcar no sangue, alterações urinárias, respiratórias, entre outras", salientou José Manuel Boavida, director clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal.

"A diabetes, nomeadamente a diabetes tipo II, está a manifestar--se cada vez mais cedo e uma triagem ao telefone evita um dia passado no hospital, que, por si só, é um martírio, além de prejudicar a vida dos doentes", diz o médico.

A Linha Saúde 24 tem o custo de uma chamada local. Nasceu há cerca de ano e meio e o aconselhamento dos médicos e enfermeiros evitou perto de 130 mil idas a uma urgência hospitalar.

"Às vezes, os diabéticos têm dúvidas sobre como administrar a insulina ou o que devem comer; outras vezes querem ter a certeza de que estão a proceder bem e nestas situações uma palavra ajuda", rematou José Boavida.

SAIBA MAIS

600 mil portugueses são diabéticos, de acordo com as estimativas.
150 amputações do pé são realizadas por cada mil diabéticos.
638 090 chamadas para a Linha Saúde 24 em 18 meses.
50% das chamadas estão relacionadas com a saúde infantil.



Dieta mediterrânica protege o organismo

Segundo um estudo espanhol, o risco de diabetes diminui com a dieta mediterrânica. Os investigadores seguiram mais de 13 mil universitários sem diabetes durante quatro anos e avaliaram os seus hábitos dietéticos através de um questionário. Os casos novos da doença foram confirmados através de relatórios médicos.

Os participantes que mais aderiram à dieta mediterrânea tinham menos probabilidade de sofrer diabetes, apesar de apresentarem mais factores de risco como serem mais velhos e terem familiares com o problema.

A dieta mediterrânea inclui, por exemplo, elementos ricos em fibras, como cereais, fruta e legumes. O consumo moderado de álcool e substituição de gorduras animais por vegetais, como azeite, ajuda a proteger o organismo.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Revela SPH
Quatro em cada dez portugueses são hipertensos

A hipertensão está “mal diagnosticada” no nosso País. A doença afecta cerca de quatro em cada dez portugueses, ou seja 42 por cento da população, sendo que destes apenas 18 por cento assume ter valores de pressão arterial entre os 14 e 19.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), os portugueses não têm o hábito de medir a sua pressão arterial. Estudos revelam que entre os hipertensos, 39 por cento estão a ser tratados e 11 por cento encontram-se controlados.

O escasso auto-reconhecimento da doença pode ser justificado pela falta de tempo dos médicos de família nas consultas. Também o facto de a terapêutica envolver vários medicamentos pode constituir uma barreira, segundo a SPH, que alerta para o problema apelando a um maior empenhamento de enfermeiros e farmacêuticos.

A SPH avisa ainda que é necessário contornar “os efeitos da bata branca” já que tem registos de 20 a 30 por cento de falsos hipertensos. As alterações dos valores reais da pressão são consequência da tensão ou ansiedade que o paciente, muitas vezes já controlado, regista no momento da sua medição pelos médicos.

Uma das formas de evitar estes casos passa pelo recurso à auto-medição com aparelhos certificados ou o uso de um registo ambulatório, em que o doente utiliza uma braçadeira de medição durante 24 horas, explica Luís Martins, presidente da SPH.Reduzir o consumo de sal e praticar exercício físico são duas atitudes que também não devem ser descuradas.


Pulsações sobre rodas

Quase metade da população adulta portuguesa sofre de hipertensão arterial, um elevado factor de risco de doenças cardiovasculares. A tensão alta obriga a um esforço maior do coração, que tende a enfraquecer e danifica as artérias, não deve exceder à máxima (pressão sistólica) de 140 mmHg e a mínima (pressão diastólica) de 85. Quando a mínima é confirmada por várias medições acima de 90, inicia-se a medição. Prevenir a hipertensão e suas complicações exige mão leve no sal, a cozinhar e à mesa, cuidados com a alimentação e exercício físico. Os legumes e frutos secos e a redução de gorduras animais ajudam a reduzir o risco de tensão alta.

sábado, 1 de novembro de 2008
Aumento das lesões do ouvido nos jovens
A exposição prolongada a sons altos nas discotecas, festivais ou aparelhos de música são uma das principais causas.

Há cada vez mais jovens portugueses a sofrer de problemas auditivos irreversíveis que podem levar a surdez. A exposição prolongada a sons altos nas discotecas, festivais ou aparelhos de música portáteis são uma das principais causas.

De acordo com os especialistas ouvidos pela Agência Lusa, tem vindo a verificar-se nos jovens-adultos um forte aumento das lesões do ouvido interno, provocadas pela exposição prolongada a níveis elevados de sons. A surdez entre os mais jovens é já considerada pelos especialistas como um «problema de dimensões preocupantes».

Embora não existam estudos oficiais sobre a percentagem da população que sofre de problemas auditivos ou perda de audição em Portugal calcula-se que o problema afecte cerca de 10% da população.

http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=817187

Risco a alto e bom som

Música com regra e tampões para proteger do ruído excessivo evitam futuro silencioso. Aos primeiros sinais de perda de audição vá ao médico.

Segundo os Censos de 2001, os problemas auditivos afectam cerca de 85 mil portugueses. Em Portugal, a surdez é a segunda doença profissional mais frequente. Deve-se a uma mal formação no ouvido, a uma infecção, doença, acidente ou exposição a ruído excessivo. Pode ser total ou parcial, sendo esta a mais frequente. Uma constipação ou acumulação de cera podem causar surdez temporária.


Sons com amplitudes superiores a 50 decibéis ferem os ouvidos

  • Para a Organização Mundial de Saúde o limar do desconforto para o ruído contínuo ronda os 50 decibéis (dB) de dia. À noite, os níveis sonoros devem situar-se 5 a 10 dB abaixo dos valores diurnos para garantir um ambiente sonoro equilibrado. A exposição prolongada a um ruído ambiental de 55 dB começa a ter efeitos negativos. Além do incómodo para os ouvidos, pode causar stress, distúrbios do sono, ansiedade, irritabilidade, dores de cabeça, aumento dos batimentos cardíacos e da tensão arterial. Com níveis sonoros mais altos, aumenta o risco de perda de audição.

  • Os sons altos podem danificar os cílios no interior do ouvido, causando uma perda de audição repentina ou progressiva. Uma vez danificado, os cílios não se regeneram.

  • Segundo a directiva europeia, os limites de exposição diária ao som em situações profissionais são:
    8 horas para ruídos de 90 dB;
    4 horas para 95 dB;
    2 horas para 100 dB;
    a partir de 80 dB, o empregador deve fornecer auscultadores ou tampões. Os trabalhadores devem fazer testes de audição regulares e a empresa tem de adoptar medidas para diminuir o ruído.

MP3 com limites

  • Os walkman e discman foram substituídos nos anos 90 por leitores digitais, os MP3. Estes têm muito sucesso junto dos jovens. Armazenam várias horas de música (um aparelho de 1 GB permite guardar 18 horas) e emitem sons de elevada amplitude.
  • Muitos leitores de MP3 vêm equipados com auscultadores internos. Estes são mais nocivos que os os clássicos “tapa-orelhas”. O som é emitido dentro do canal auditivo e, não tendo isolamento contra os ruídos do exterior, o utilizador tende a aumentar o volume, sobretudo em ambientes ruidosos. Os auscultadores com limitador de ruído podem ser úteis e custam a partir de 40 euros.

  • A partir dos 85 dB, existe risco para os ouvidos. Segundo um estudo feito em Inglaterra, 65% dos jovens ouvem música com volume acima de 85dB. Metade dos jovens ouve o MP3 durante, 1 hora por dia, e um quarto passa mais de 20 horas semanais com a música nos ouvidos. A médio prazo, este tipo de comportamento pode causar problemas de audição irreversíveis.

  • Preocupada com os potenciais riscos para os utilizadores, a legislação francesa já proíbe a venda de aparelhos que emitem mais de 100 dB. Um exemplo a seguir também em Portugal, porque cada vez mais jovens sofrem de problemas auditivos irreversíveis que podem levar a surdez.


























  • http://telecom.inescn.pt/research/audio/cienciaviva/defesa_aadicao.html
    http://www.deco.proteste.pt