sábado, 1 de novembro de 2008
Aumento das lesões do ouvido nos jovens
A exposição prolongada a sons altos nas discotecas, festivais ou aparelhos de música são uma das principais causas.

Há cada vez mais jovens portugueses a sofrer de problemas auditivos irreversíveis que podem levar a surdez. A exposição prolongada a sons altos nas discotecas, festivais ou aparelhos de música portáteis são uma das principais causas.

De acordo com os especialistas ouvidos pela Agência Lusa, tem vindo a verificar-se nos jovens-adultos um forte aumento das lesões do ouvido interno, provocadas pela exposição prolongada a níveis elevados de sons. A surdez entre os mais jovens é já considerada pelos especialistas como um «problema de dimensões preocupantes».

Embora não existam estudos oficiais sobre a percentagem da população que sofre de problemas auditivos ou perda de audição em Portugal calcula-se que o problema afecte cerca de 10% da população.

http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=817187

Risco a alto e bom som

Música com regra e tampões para proteger do ruído excessivo evitam futuro silencioso. Aos primeiros sinais de perda de audição vá ao médico.

Segundo os Censos de 2001, os problemas auditivos afectam cerca de 85 mil portugueses. Em Portugal, a surdez é a segunda doença profissional mais frequente. Deve-se a uma mal formação no ouvido, a uma infecção, doença, acidente ou exposição a ruído excessivo. Pode ser total ou parcial, sendo esta a mais frequente. Uma constipação ou acumulação de cera podem causar surdez temporária.


Sons com amplitudes superiores a 50 decibéis ferem os ouvidos

  • Para a Organização Mundial de Saúde o limar do desconforto para o ruído contínuo ronda os 50 decibéis (dB) de dia. À noite, os níveis sonoros devem situar-se 5 a 10 dB abaixo dos valores diurnos para garantir um ambiente sonoro equilibrado. A exposição prolongada a um ruído ambiental de 55 dB começa a ter efeitos negativos. Além do incómodo para os ouvidos, pode causar stress, distúrbios do sono, ansiedade, irritabilidade, dores de cabeça, aumento dos batimentos cardíacos e da tensão arterial. Com níveis sonoros mais altos, aumenta o risco de perda de audição.

  • Os sons altos podem danificar os cílios no interior do ouvido, causando uma perda de audição repentina ou progressiva. Uma vez danificado, os cílios não se regeneram.

  • Segundo a directiva europeia, os limites de exposição diária ao som em situações profissionais são:
    8 horas para ruídos de 90 dB;
    4 horas para 95 dB;
    2 horas para 100 dB;
    a partir de 80 dB, o empregador deve fornecer auscultadores ou tampões. Os trabalhadores devem fazer testes de audição regulares e a empresa tem de adoptar medidas para diminuir o ruído.

MP3 com limites

  • Os walkman e discman foram substituídos nos anos 90 por leitores digitais, os MP3. Estes têm muito sucesso junto dos jovens. Armazenam várias horas de música (um aparelho de 1 GB permite guardar 18 horas) e emitem sons de elevada amplitude.
  • Muitos leitores de MP3 vêm equipados com auscultadores internos. Estes são mais nocivos que os os clássicos “tapa-orelhas”. O som é emitido dentro do canal auditivo e, não tendo isolamento contra os ruídos do exterior, o utilizador tende a aumentar o volume, sobretudo em ambientes ruidosos. Os auscultadores com limitador de ruído podem ser úteis e custam a partir de 40 euros.

  • A partir dos 85 dB, existe risco para os ouvidos. Segundo um estudo feito em Inglaterra, 65% dos jovens ouvem música com volume acima de 85dB. Metade dos jovens ouve o MP3 durante, 1 hora por dia, e um quarto passa mais de 20 horas semanais com a música nos ouvidos. A médio prazo, este tipo de comportamento pode causar problemas de audição irreversíveis.

  • Preocupada com os potenciais riscos para os utilizadores, a legislação francesa já proíbe a venda de aparelhos que emitem mais de 100 dB. Um exemplo a seguir também em Portugal, porque cada vez mais jovens sofrem de problemas auditivos irreversíveis que podem levar a surdez.


























  • http://telecom.inescn.pt/research/audio/cienciaviva/defesa_aadicao.html
    http://www.deco.proteste.pt

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