quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Revela SPH
Quatro em cada dez portugueses são hipertensos

A hipertensão está “mal diagnosticada” no nosso País. A doença afecta cerca de quatro em cada dez portugueses, ou seja 42 por cento da população, sendo que destes apenas 18 por cento assume ter valores de pressão arterial entre os 14 e 19.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), os portugueses não têm o hábito de medir a sua pressão arterial. Estudos revelam que entre os hipertensos, 39 por cento estão a ser tratados e 11 por cento encontram-se controlados.

O escasso auto-reconhecimento da doença pode ser justificado pela falta de tempo dos médicos de família nas consultas. Também o facto de a terapêutica envolver vários medicamentos pode constituir uma barreira, segundo a SPH, que alerta para o problema apelando a um maior empenhamento de enfermeiros e farmacêuticos.

A SPH avisa ainda que é necessário contornar “os efeitos da bata branca” já que tem registos de 20 a 30 por cento de falsos hipertensos. As alterações dos valores reais da pressão são consequência da tensão ou ansiedade que o paciente, muitas vezes já controlado, regista no momento da sua medição pelos médicos.

Uma das formas de evitar estes casos passa pelo recurso à auto-medição com aparelhos certificados ou o uso de um registo ambulatório, em que o doente utiliza uma braçadeira de medição durante 24 horas, explica Luís Martins, presidente da SPH.Reduzir o consumo de sal e praticar exercício físico são duas atitudes que também não devem ser descuradas.


Pulsações sobre rodas

Quase metade da população adulta portuguesa sofre de hipertensão arterial, um elevado factor de risco de doenças cardiovasculares. A tensão alta obriga a um esforço maior do coração, que tende a enfraquecer e danifica as artérias, não deve exceder à máxima (pressão sistólica) de 140 mmHg e a mínima (pressão diastólica) de 85. Quando a mínima é confirmada por várias medições acima de 90, inicia-se a medição. Prevenir a hipertensão e suas complicações exige mão leve no sal, a cozinhar e à mesa, cuidados com a alimentação e exercício físico. Os legumes e frutos secos e a redução de gorduras animais ajudam a reduzir o risco de tensão alta.

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